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Melodramática: a genealogia das rainhas

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Projeto multilinguagem idealizado e realizado por Jackeline Stefanski e Milena Filó que se desenvolveu entre 2015 e 2017, sendo contemplado pelo PROAC Artes Integradas/2016 - com este apoio viabilizou-se uma residência artística na Oficina Cultural Oswald de Andrade em parceria com diversos colaboradorxs.

O  trabalho parte da biografia da rainha Elizabeth I, uma mulher forte e respeitada, que recusou o matrimônio, os filhos e reinou soberana na Inglaterra do século XVI, criando um arquétipo de si mesma e tornando-se uma lenda, para, a partir desta persona e, também, da genealogia individual das artistas e histórica de rainhas/mulheres; tentar responder à pergunta: quem é a rainha? 

Entre as ações desta pesquisa estão: experimentos audiovisuais, performance, rodas de conversa, oficina, aberturas de processo e intervenções, registrados abaixo. O projeto contou com uma ampla comunicação online, coordenada por Milena Filó.

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Performance Nascimento

Duas mulheres performam os noves meses de desenvolvimento de um feto, para esvaziarem-se e refazerem-se durante uma nova gestação. A performance desenvolve-se com interferências sonoras e visuais durante nove horas e as artistas realizam micromovimentos em posição fetal silenciosamente, potencializando este corpo em formação. Movidas pelo estalido da crise, emergem na consciência de que após o nascimento inevitavelmente começarão a dançar ao encontro da morte. Preparam-se, então, para a criação da primeira célula de uma possível obra de arte. Esta dança embrionária propõe a genealogia cíclica, em que micro ações de um ser podem transformar uma árvore genealógica inteira. A iminência do nascimento da persona rainha revela um devir constante, suspende certezas e provoca no observador e nessas mulheres expectativas de um grande acontecimento.

Água / Terra:   o elemento água manifestado, com movimentos ondulantes e movimento constante que mostram a evolução da vida humana. Este conceito é reforçado por imagens em tempo cross-sobrepostas.  

Caixa de música: constante movimento da engrenagem, há um momento em que seu endereço muda de direção. Esta mudança é muito sutil. Um movimento constante e o tempo de vida. Metáfora ou analogia com o mundo interior, com a vida espiritual e intelectual.

Interior: o início da vida é recriado, trabalhando com base em diferentes momentos de formação biológica, expressão do mundo interno. As atmosferas diferentes criar um clima para momentos de perturbação, a iluminação e formas difusas destinados a recriar a percepção visual de um ser em gestação.  

Tempestades: variáveis nos movimentos de plantas, que são causadas pelo vento e pela chuva. As cores foram alteradas para melhorar e concentrar-se na tempestade. mundo exterior, movimento e dança da natureza.

Concepção: Alexandre Marchesini, Jackeline Stefanski e Milena Filó

Artistas | Jackeline Stefanski e Milena Filó

Performer e sonoplastia | Alexandre Marchesini

Vídeo Arte | Ana Mercado e Sebastian Mutuverria

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Abertura de Processo

Analógica

Durante o processo de pesquisa teórico prática as artistas desenvolveram um prólogo cênico em conjunto ao qual se seguiam as aberturas de suas propostas individuais.

Jackeline chamou de Analógica seu estudo compartilhado com o público e apresentou os desdobramentos desse intenso processo.

Ao longo da residência, se debruçou sobre a figura da rainha Elizabeth I e ao mergulhar em perspectivas feministas, sob influência de estímulos musicais como as canções anárquicas do punk rock inglês de Sex Pistols e combinando essas referências com sua genealogia pessoal - Jackeline é descendente de poloneses, portugueses, indígenas e negros - experimentou aos poucos um distanciamento da figura monárquica.

Em busca por uma encenação mínima, concentrada na performatividade do corpo em cena, passou a investigar a própria construção da ocasião cênica como dispositivo dramatúrgico: incorporou a montagem e afinação da luz, o silêncio entre uma atividade e outra, como a organização do espaço, enquanto recursos de provocação na relação com o público e disparadores para a criação de uma peça/performance.

Em parceria com a musicista Kika, surgiu a canção do tempo, performada ao vivo com voz e violão. Transitanto entre teatro, música, dança e performance o exercício foi uma oportunidade de explorar a dilatação do tempo ao instaurar longos momentos de "inação" em cena.

Analógica foi a conclusão cênica dessa longa pesquisa compartilhada com artistas e outros profissionais e que foi fortemente influenciada pelo espaço da oficina Cultural Oswald de Andrade.

Analógica

Ficha Técnica

Dramaturgia, atuação e encenação: Jackeline Stefanski

Trilha sonora e preparação musical: Kika

Direção coreográfica: Diogo Granato

Preparação vocal: Luciana Grilo

Preparação Corporal: Mariana Akamine

Colaboração criativa: Alexandre Marchesini, Ana Mercado, Amanda Moretto, Milena Filó e Sebastian Mutuverria

Assessoria de imprensa: Pombo Correio

Produção executiva: Ariane Cuminale

Fotos: Sofia Calabria

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Rodas de conversa

Durante a residências artística realizamos três rodas de conversa abertas ao público, a partir da temática da pesquisa em diálogo direto com participantes.

Quem é  é rainha 

Sâmia Bomfim é uma feminista e política brasileira, primeira vereadora eleita do PSOL em São Paulo. É formada em Letras pela Universidade de São Paulo

Pois de mim mesma outra pessoa me tornei

Magô Tonhon é graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP) no câmpus da Faculdade de Ciências e Tecnologia em Presidente Prudente, interior de São Paulo. É mestranda em Filosofia na Escola de Arte, Ciências e Humanidades (EACH) da Universidade de São Paulo (USP) no programa de Estudos Culturais e é criadora do Canal Voz Trans* no YouTube. Ativista nas causas LGBTQIA, desenvolve ações pontuais para o projeto [SSEX BBOX] desde 2015, trabalhou no planejamento e execução da 1a (2015) e da 2a (2016) Conferência Internacional [SSEX BBOX] & Mix Brasil e também faz parte do coletivo ‘A Revolta da Lâmpada’

O que tem que nascer tem sua raiz em chão de casa velha

Karina Yamamoto, 42 anos, jornalista, mestre em comunicação pela ECA-USP (o trabalho esbarra na psicanálise). Cartomante amadora desde os 15 anos. Terceira em uma linhagem de mães cancerianas, estuda Reiki + Leandra Silva,  36 anos, jornalista, produtora cultural. Faz o Acarajé da Moça, sabores e saberes ancestrais. Sol em escorpião e astróloga.

Oficina de artes integradas

Exploramos o espaço, materiais, instrumentos musicais, vídeo e a relação de cada participante e artista para criar células expressivas individuais e coletivas a partir da investigação da performatividade da mulher como ponto de partida para o processo artístico feminista. 

Experimentos Audiovisuais

Ao longo de nossa pesquisa, recursos audiovisuais nos ajudaram a expressar as múltiplas perspectivas artísticas que surgiam ao longo do processo criativo. Entre a idealização de um mockumentário sobre a vida de duas irmãs, episódios da trajetória absurda das artistas em busca de uma expressão para seus desejos de atuar, cantar, dançar e lutar em cena as pulsões que experimentavam, até breves flagras fílmicos de diversos momentos ao longo dos 2 dois anos de dedicação à pesquisa, diversos materiais foram criados em parceria com outros artistas.

Registros do processo [2015 à 2017]

Melodramática: a genealogia das rainhas

Ficha Técnica

Idealização e realização:   Jackeline Stefanski e Milena Filó

Trilha sonora e preparação musical: Kika e Luciana Grilo

Direção coreográfica: Diogo Granato

Preparação vocal: Luciana Grilo

Preparação Corporal: Mariana Akamine

Colaboração criativa: Alexandre Marchesini, Ana Mercado, Amanda Moretto e Sebastian Mutuverria

Assessoria de imprensa: Pombo Correio

Produção executiva: Ariane Cuminale

Agradecimentos: Oficina Cultural Oswald Andrade e equipe de funcionários e técnicos, Fábio Supérbi e Henrique Lima (captação de imagens audiovisuais), Moisés Moraes (ensaio fotográfico)

Projeto contemplado pelo PROAC Artes Integradas 2016 

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